Os 20 Melhores Videoclipes Nacionais de 2016

Cenário Nacional, Listas, Melhores Do Ano | 16 dez 16 - por João Paulo Porto

20. Karol Conka – “É O Poder” (Robério Braga e o coletivo Screamcheese)

Com alguns dos figurinos mais espalhafatosos do cenário pop, Karol Conká nos encanta com referências, desde divindades africanas até o fashionismo pop americano. Um clipe forte, direto e traz Conká em 6 incríveis looks produzidos pelos estilistas Anna Boogie e Rodrigo Polack.

19. Gloria Groove – “Império” (Dir. João Monteiro)

Gloria Groove é a prova que o mundo das Drag Queens vai muito longe. Um cenário visto como marginal que está, aos poucos, revelando muitos talentos. Groove encanta com o clipe de “Império” numa produção impecável e deslumbrante. Ah! e com muito ensinamento. 

18. Sara Não Tem Nome – “Páscoa de Noel” 

e fechamos o ano com mais uma darkisse. O mais recente videoclipe da mineira Sara Braga foi lançado em vésperas do Natal e expressa toda a angústia de comemorações forçadas. Boas Festas pessoal!

 

17. Céu – “Perfurme do Invisível” (Esmir Filho)

Uma das melhores faixas do excelente Tropix, ganhou vida com o vídeo dirigido por Esmir Filho. Nele, Céu aparece dançando e cantando a música em frente a um fundo preto, em estética que remete à capa do álbum.

 

16. Vivendo do Ócio – “Prisma” (Dir. Davide e Luca Bori)

Um dos clipes mais interessantes o ano nasceu a partir de um sonho do vocalista, por isso essa atmosfera onírica que permeia toda a obra. Os diretores Davide e Luca Bori, respectivamente guitarrista e baixista/vocalista, elaboraram uma abordagem dinâmica e permeada de recursos. Entre eles o 3D e a utilização de uma lente caleidoscópio.

 

15. BRAZA – “Embrasa” (Dir. Vagner Donasc)

Após a polêmica, o BRAZA, banda formada por ex-integrantes do ForFun, reeditou o clipe de “Embrasa” e soltou um clipe mais comportado e dinâmico. Com Mais de 100 mil visualizações no YouTube, conquistando cada vez mais novos fãs. O clipe é quente, intenso, forte e foi dirigido pelo artista plástico Vagner Donasc.

 

14. Rico Dalasam – “Esse Close eu Dei” (Dir. Nicole Fischer e Amadeo Canônico)

Rico Dalasan é um artista cheio de personalidade. Talentoso e corajoso. O clipe maravilhoso de “Esse Close Eu Dei” é a prova do talento deste rapper assumidamente gay. A direção é de Nicole Fischer e Amadeo Canônico.

 

13. Tiago Iorc – “Bang” (Dir. Rafael Kent)

O clipe inteiro mostra Tiago Iorc e a modelo Gracielle Gava lambuzados de tinta neon. O resultado final é bem inventivo e muito bem produzido. A direção ficou por conta de Rafael Kent.

 

12. Dingo Bells – “Dinossauros” (Dir. Daniel Eizirik)

O vídeo de “Dinossauros”, com direção de Daniel Eizirik, expõe uma história de duas garotas (vividas por Bethânia Brancher e Elyza Tx), em meio a animações e colagens. O clipe abusa na exploração de colagens e técnicas para dar vida a uma narrativa, que pode ser uma espécie de desdobramento desse sentimento de finitude que a letra de ‘Dinossauros’ fala. Um primor de clipe.

 

11. Mahmundi – “Hit” (Dir. Hugo Braga)

Artista carioca lançou um disco maravilhoso em 2016, e veio acompanhado de um punhado de hits legais. Este, batizada de “Hit” também veio puxado por um clipe bem produzido, filmado na madrugada de São Paulo. A carioca passeia pelo bairro da Liberdade e rola até um karaokê num dos bares. Direção de Hugo Braga.

 

10. Whipallas – “Battlefield” (Dir. Philippe Noguchi)

“Battlerfiled” é o primeiro single lançado pelos cariocas do Whipallas (formado por Pedro Lenz, Jayme Monsanto, André Coelho e Bernardo Massot). Com direção de Philippe Noguchi, o clipe propõe uma batalha entre um casal. Bela fotografia e edição rápida e ágil, o clipe recebeu indicações nos festivais Curta Brasilia e m-v-f.

 

09. Karol Conká – “Maracutaia” (Brendo Garcia e Adriano Gonfiantini)

Com direção de Brendo Garcia e Adriano Gonfiantini, o videoclipe estiloso de “Maracutaia” da irreverente Karol Conká, mostra a atriz Taís Araújo dominando o malandro Lázaro Ramos. O clipe se passa em uma pequena vila, na qual Karol interpreta uma vizinha futriqueira que sabe tudo o que acontece ao redor. 

 

08. Vitreaux – “Vi Que”

O bem humorado videoclipe de estréia da banda paulista nasceu a partir do projeto ‘Around The World In 80 Music Videos, do casal Leo Longo e Diana Boccara, que viajaram por 18 meses, passando por 22 países e produzindo 80 videoclipes em plano sequência. Aliás, se eu fosse vocês conferia todos porque o projeto é maravilhoso e alguns dos videoclipes até me emocionaram (confesso que caiu um cisco aqui quando vi ‘Left The Ground’ da banda sul-africana Dear Reader).

 

07. Serge Erege – Rhythm of the Day (dir. Rudá Cabral)

Clipe estranho mas bastante interessante. Entre as influencias estão A Montanha Mágica”, do cineasta chileno Alejandro Jodorowsky, como  também bebe influências dos clipes de “Hustler”, do Simian Mobile Disco, e “True Faith” do New Order e o mpitico show do Pink Floyd filmado nas ruínas de Pompeia.

 

06. Boogarins – “Benzin” (Dir. Cléver Cardoso)

O clipe de “Benzin” é mais uma peça chave da divulgação de seu segundo disco, Manual ou guia livre de dissolução dos sonhos. O belo clipe. produzido pela plataforma Skol Music, mostra as belíssimas paisagens do Goiás: as belíssimas tomadas da belíssima e mística Chapada dos Veadeiros, cartão postal goiano, com direito a cachoeiras, pedreiras e imagens aéreas gravadas por um drone. São imagens de tirar o fôlego. A direção é de Cléver Cardoso.

 

05. Silva – “Feliz e Ponto” (Dir. William Sossai)

Em tempos de intolerância sexual, clipes como “Feliz E Ponto”, que mostram a beleza da diversidade sexual, são cada vez mais importantes. No clipe, visualmente fascinante, o cantor aparece curtindo um amor a três, com uma mulher e outro homem. O clipe teve concepção do próprio cantor em parceria com Andre Paste e direção de William Sossai.

 

04. MC Linn da Quebrada, “Talento” 

Representatividade e empoderamento foram teclas insistidas no clipe de “Talento”, da MC Linn da Quebrada. Em 2016, Ela melhor explorou as dores e dificuldades de ser travesti em um país que mais mata no mundo. A produção independente é de uma grandiosidade absurda, na qual critica a LGBTfobia dando espaço pra que as próprias mulheres trans se manifestem sobre a violência sofrida. 

 

03. Baleia – “Volta” (Dir. Kayhan Lannes Ozmen e Vicente Tigre)

Grande revelação do rock nacional, o Baleia nos entrega um clipe misterioso e surreal, com direito a performances, rituais de purificação e um ambiente dominado por personagens misteriosos de tirar o fôlego, tudo filmado de forma dinâmica e visualmente belo. Os diretores Kayhan Lannes Ozmen e Vicente Tigre constroem uma atmosfera visual que fortalece a identidade sonora da canção.

 

02. Emicida – “Mãe” (Dir. “Levi Riera”)

Em homenagem ao dia das mães, Emicida surpreendeu com um clipe belo e sensível, protagonizado pelo e músico e sua mãe, Dona Jacira, e mostra passagens reais desse relacionamento. O videoclipe contou com a produção da Laboratório Fantasma, gravadora do rapper, e a direção de Levi Riera.

 

01. O Terno – “Ai, Ai, Como Eu Me Iludo” (Dir. Marco Lafer e Gustavo Moraes)

O candidato forte ao clipe do ano é uma produção do Alaska filmes. Chamado de “projeto mini-megalomaníaco”, o clipe levou quase dois anos para ser feito e o resultado é uma produção caprichada, com efeitos especiais extremamente comitentes e um roteiro que promete te deixar emocionado. A direção é de Marco Lafer e Gustavo Moraes.

João Paulo Porto

Criador do site 1001 Videoclips e apaixonado por The Smiths.