2018 chegou ao fim, junto com a nossa tradicional lista dos melhores clipes nacionais e internacionais do ano. Este ano, acompanhamos mais uma vez, o poder do videoclipe nas redes sociais e como ferramenta de enpbderamento feminino. e Não só. Foi através da ferramenta que artistas negros puderam protestar para as grandes massas. O 1001 Videoclips apresenta agora a seleção de videoclipes da música brasileira para celebrar o que de melhor foi lançado no país no ano de 2018. E nos comentários, conta pra gente: qual é o seu clipe brasileiro favorito de 2018?
10. Frimes: Fadinha (Direção: Lucas Sá)
Frimes deu uma clara lição do que foi o ato AI–5 e de como o mesmo prejudicou e ainda prejudica o progresso de tantas pessoas. “Fadinha” não se trata apenas de um clipe, mas sim do rompimento do silêncio e censura contra as minorias.
09. Marrakesh: Moonhealing (Direção: Fernando Moreira)
Dirigido por Fernando Moreira o clipe vem bem trabalhado, com fotografia e curadoria muito bem sintonizada e digno de muitos elogios que permaneceu no tinteiro de propostas interessantes. Um videoclipe precioso dominado pela necessidade lírica de reiteração, cenário minimalista e beleza em abundância.
08. Johnny Hooker (part. Liniker) – Flutua
O belo clipe reforça a mensagem da canção contra a homofobia, mostrando a história de um casal homossexual em que um dos homens é agredido após os dois deixarem uma festa juntos. No final do clipe, Johnny Hooker e Liniker se beijam. Poético e muito importante para os tempos atuais.
07. Silva e Anitta – Fica Tudo Bem (Direção: Breno Picheschi e Rafael Cazes)
A direção de Breno Picheschi e Rafael Cazes, da produtora Hardcuore usa a estética de fundos monocromáticos, com planos em variações de cores, para contar a historia de um casal no qual cada um olha para um lado, dando conselhos para eles mesmos. “Retratamos dois músicos tentando salvar algo trágico, que é o amor”, diz Breno Pineschi, “ao final do clipe, eles finalmente se reencontram no seu amor e o tempo para”.
06. Karol Conka – Vogue do Gueto
O clipe empoderado de Karol traz como conceito o resgate de movimentos negros para as mãos dos próprios criadores. Nomes importantes da cena negra de todo o país como os coletivos BATEKOO e MOOC, além de outras figuras de absoluta relevância no ativismo negro, participaram da execução exuberante do clipe, que é, sem dúvidas, um dos mais bonitos no quesito fotografia.
05. Iza: Dona de Mim (Direção: Felipe Sassi)
O clipe exalta a força das mulheres negras e faz uma crítica à violência. Segundo a cantora, o clipe buscou mulheres reais para serem protagonistas, a trama retrata a vida de uma mãe, uma professora e uma advogada e o resultado é um clipe emocionante.
04. Tulipa Ruiz – Pedrinho
Com direção e roteiro de Fábio Lamounier, Pedro Henrique França e Rodrigo Ladeira, o vídeo aborda a importância da liberdade e da aceitação do corpo. Ao longo da produção, as pessoas vão retirando as suas roupas em uma referência clara as amarras impostas pela sociedade e os seus padrões.
03. Adriana Calcanhotto – O Cu do Mundo
Produzido pela Assum Filmes e dirigido por Murilo Alvesso, o clipe é interpretado pelo grupo do Teatro da PombaGira em uma apresentação conceitual onde os membros encenam uma espécie de ritual, inspirados no espetáculo atual do coletivo “Demônios” onde refletem sobre as questões religiosas, sociais e políticas que assombram a sociedade.
02. Criolo: Boca de Lobo (Direção: Denis Cisma)
Super produção dirigido por Denis Cisma – traz uma série de referências a acontecimentos recentes (e chocantes) da nossa história, como Incêndio no museu, merenda e a tragédia de Mariana. E com um acabamento caprichado, o clipe vale como documento histórico de um país conturbado.
01. Baco Exu do Blues: Bluesman (Direção: Douglas Ratzlaff Bernardt)
O rapper baiano Baco Exu do Blues, é um dos destaques do ano com um dos mais belos clipes lançados neste ano, a faixa-título do seu novo disco, o recém-lançado “Bluesman”. É crítica de um brasil racista e fortalece o debate político do país.
