Ai que o ano de 2017 começou com essa listinha que fiz junto com o pessoal do Cansei Do Mainstream, com videoclipes lançados em 2016 que todo mundo precisa ver. Depois nos contem quais os favoritos de vocês.

Baleia – “Volta” 

Grande revelação do rock nacional nos entrega um clipe misterioso e surreal, com direito a performances, rituais de purificação e um ambiente dominado por personagens misteriosos de tirar o fôlego, tudo filmado de forma dinâmica e visualmente belo. Os diretores Kayhan Lannes Ozmen e Vicente Tigre constroem uma atmosfera visual que fortalece a identidade sonora da canção.

Moblins – “Ghosthouse/Mud & Flame”

a Moblins chegou chegando com o vídeo dobradinha de estréia, que conta com performances do coletivo Hausu Yume e tem a cara do dark pop proposto pela dupla. Ah, também tem gritos de fantasmas, não se assustem crianças.

Whipallas – “Battlefield” 

“Battlerfiled” é o primeiro single lançado pelos cariocas do Whipallas (formado por Pedro Lenz, Jayme Monsanto, André Coelho e Bernardo Massot). Com direção de Philippe Noguchi, o clipe propõe uma batalha entre um casal. Bela fotografia e edição rápida e ágil, o clipe recebeu indicações nos festivais Curta Brasilia e m-v-f.

The Claypool Lennon Delirium – “Bubbles Burst” 

a também estréia da dupla americana retrata o singular relacionamento de Michael Jackson e seu chimpanzé de estimação, Bubbles. Quem não curtiu muito o videoclipe foram os fãs do rei do pop, que não gostaram nada dessa visão deturbada de seu ídolo. Gostando ou não, é bom lembrar que a música e o videoclipe expressam as impressões de Sean Lennon, que nos anos 80 frequentou o rancho Neverland e conviveu com Michael e Bubbles.

Boogarins – “Benzin”

Ao contrário da canção, o vídeo começa orgânico e pacífico, até que imagens surreais tomam posse mais tarde antes que a trilha se decompõe e desaparece em uma paisagem de sonho. Talvez ganhando influência de tendências que se apoderaram do Brasil nos anos 60 como a Tropicália, a banda coloca um colorido giro em um som de surf clássico.

Joe Silhueta – “Não Ligue o Rádio”

fotografia linda e música com pegada dylanesca mais ainda, dá vontade de ficar vendo e revendo esse videoclipe o dia inteiro.

Congere – “Outono Boreal” e “Máquina do Mal”

Inspirado em desenhos e filmes modernos como “Apenas Um Show” e “O Âncora”, o vídeo traz a banda brasiliense em um cenário escuro e sombrio, mas com uma pitada de humor e descontração. No videoclipe, a banda se envolve em um inusitado campeonato de Beer Pong, em um cenário obscuro, mas ao mesmo tempo, divertido. No vídeo, a banda contou com a participação de integrantes de diversos músicos da prolífica cena brasiliense como a já citada Scalene, Dona Cislene, Almirante Shiva e Trampam, todas de ótimo bom gosto. A direção ficou por conta dos feras Cadu Andrade, Gabriel Migão e
Lucas Furtado – este último é baixista da Scalene, em seu primeiro trabalho audiovisual – que dirigiram muito bem o clipe.
O conceito dos clipes de “Outono Boreal” e “Máquina do Mal” giram em torno dos elementos da natureza e os conflitos da mente humana.
“Máquina do Mal” conta a história de um personagem que encontrou pelas estradas um ser místico. Esse ser tenta convence-lo que existe uma força muito maior no mundo dele, e também tenta levá-lo junto para outros caminhos desconhecidos. O personagem sai em busca de ajuda, mas todos acreditam que ele esteja alucinado, e que a
história é coisa da cabeça dele. Mas logo depois todos acabam vendo o ser misterioso.

“Outono boreal” conta a história de duas folhas de uma árvore, uma masculina e uma feminina, no qual a masculina se apaixona pela feminina que vive a alguns galhos abaixo dele. E assim ele espera 4 estações até os dois caírem no outono e se encontrarem no chão.

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Vitreaux – “Vi Que”

o bem humorado videoclipe de estréia da banda paulista nasceu a partir do projeto ‘Around The World In 80 Music Videos’, do casal Leo Longo e Diana Boccara, que viajaram por 18 meses, passando por 22 países e produzindo 80 videoclipes em plano sequência. Aliás, se eu fosse vocês conferia todos porque o projeto é maravilhoso e alguns dos videoclipes até me emocionaram (confesso que caiu um cisco aqui quando vi ‘Left The Ground’ da banda sul-africana Dear Reader).

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Ceano – “O Homem que Chorava”

Tema central do álbum Índice, “O Homem que Chorava” é uma das faixas que aborda o cotidiano medíocre e a vida comum que a modernidade oferece disfarçada de felicidade. Segundo o vocalista André Vinco, o disco traz um personagem que resolve ‘sair da caixinha’ e ‘navegar’ por outros mares, a fim de descobrir se o mundo é vasto como dizem ou resume-se ao próprio umbigo. Dirigido por Luan Medeiros, o clipe representa a ideia da busca do lugar ideal e imaginário, em que a pessoa esteja em paz e em plenitude, e como essa caçada pode ser eterna, graças a falta de objetivos. André descreve o vídeo de forma simples. “A menina que anda pela cidade sem saber onde quer chegar, a menina que dança num lugar onde apenas ela pode ver, a menina que sente prazer em construir sua própria visão de mundo através da arte. Todos nós buscamos a felicidade, mas poucos de nós sabemos o que essa felicidade significa”, conta ele.

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Sara Não Tem Nome – “Páscoa de Noel” 

e fechamos o ano com mais uma darkisse. O mais recente videoclipe da mineira Sara Braga foi lançado em vésperas do Natal e expressa toda a angústia de comemorações forçadas. Boas Festas pessoal!